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EDITORIAL
Eng. Paulo Beaumont
Um Incêndio é uma ocorrência de fogo não controlado, que pode ser extremamente
perigosa para os seres vivos, para os edifícios e para o ambiente. A exposição a um
incêndio pode produzir a danos muito graves entre outros, queimaduras ou a morte, ge-
ralmente provocados pela inalação de gases e fumos resultantes de todos os materiais
na envolvência do fogo.
Diariamente, podemos registar através dos órgãos da comunicação social, um sem nú-
mero de incêndios, das mais diversas origens.
Exemplificando, em 2009, um incêndio de grandes proporções deflagrou num dos ar-
mazéns de manutenção da Transportadora Aérea Angolana (TAAG), no Aeroporto In-
ternacional 4 de Fevereiro, em Luanda. Além do enorme prejuízo causado à empresa,
durante toda a operação de intervenção dos bombeiros, o aeroporto esteve encerrado,
podemos associar outros danos imputados a outras empresas, quer se trate da ENANA
(gestora do aeroporto), quer se trate de algum cliente que pretendia enviar ou receber
mercadoria para o seu negócio.
Em Maio deste ano, lavrou um incêndio no Cazenga, destruindo mais de 50 autocarros
no parque da TCUL. Os meios destruídos faziam parte da frota de autocarros que es-
tava em recuperação nas oficinas do Cazenga. Os prejuízos registados também foram
enormes.
Ainda neste ano, no mês de Junho, deflagrou um incêndio na Vila do Gamek, em Luan-
da, destruindo completamente um estabelecimento comercial e uma Clínica.
Os casos atrás relatados têm vários factores comuns, tais como os danos avultados pro-
duzidos e ausência de danos humanos. No entanto, nem sempre os incêndios conferem
resultado idêntico, acontecendo mesmo lesões graves ou até mortes de pessoas.
Tendo em atenção que a prevenção e combate a incêndios surge desde a pré-histó-
ria, quando o homem começa a controlar o fogo, nos dias de hoje podemos dizer que
qualquer incêndio pode ser prevenido, quer nas empresas, quer nas habitações ou em
quaisquer outros locais. Importa pois, cada um de nós estar minimamente informado
sobre quando e como obter um "fogo", bem como acções de combate a princípios de
incêndios. Isto só poderá acontecer se houver um conjunto de medidas formativas di-
reccionadas para um determinado público-alvo de modo a tornar eficaz essa mesma
formação.
Falando de competências no exercício profissional, é importante que os trabalhadores
recebam formação não só na utilização dos meios de primeira intervenção (extintores
portáteis e afins) como, também, e mais importante, saber como armazenar, transportar
e manipular matérias-primas combustíveis de modo a que nunca se trabalhe com risco
elevado de incêndio. Para tal, basta atender ao triângulo do fogo para se compreender
toda a problemática.