Magazine Risco Zero N.º 30
/71 questões ainda mais sérias, como transtorno de ansiedade e depressão. Existem vais sintomas do stress térmico, dentre estes estão: Suor excessivo - O suor é uma resposta natural do corpo ao calor, visando regular a temperatura interna por meio da evaporação. No entanto, em casos de stress térmico, ele costuma se tornar excessivo, levando a umgrande desconforto e, posteriormente, à desidratação. Por mais que pareça um fato corriqueiro, o suor em excesso pode levar a um desequilíbrio nos eletrólitos, levando a outros sintomas incômodos, como as náuseas. Vermelhidão da pele - A exposição prolongada ao calor tende a causar dilatação dos vasos sanguíneos numa tentativa do corpo de dissipar o calor. Essa mudança na circulação é o que provoca a vermelhidão na pele — um dos primeiros sinais notados pelas pessoas que estão ao redor. Cefaleia - Por estar associada a algumas das principais consequências do stress térmico (a desidratação e o aumento da pressão sanguínea), a dor de cabeça é um sintoma comum em pessoas que enfrentam exposições excessivas ao calor. Cansaço - Este é um sintoma diretamente relacionado à queda na produtividade. A exposição prolongada a condições térmicas extremas pode levar à fadiga, já que o corpo gasta energia extra para tentar manter sua temperatura interna normal. Dificuldadedeconcentração - Outroelementoqueprejudica o desempenho no trabalho é o efeito do stress térmico sobre a função cognitiva. Por prejudicar a concentração e a tomada de decisões, este é um nível que se torna preocupante, inclusive, para a segurança do trabalhador. Confusão - Os casos mais graves levam a uma alteração no funcionamento do cérebro, uma vez que há menos energia disponível para este órgão. Como consequência, a pessoa ou o trabalhador pode apresentar sinais de confusão mental e desorientação. Além dos sintomas pontuais, a exposição a altas temperaturas sem os devidos cuidados pode trazer aos trabalhadores riscos bem mais complexos. Entre as consequências mais graves do stress térmico estão: Cãibras musculares - A exposição prolongada ao calor, especialmente quando combinada com desidratação, aumenta o risco de cãibras musculares. Essas contrações dolorosas podem afetar vários grupos musculares e são um sinal de que o corpo está lutando para manter seu equilíbrio eletrolítico. Insolação - Outra consequência grave da exposição ao calor extremo é a insolação, que acontece quando o corpo atinge temperaturas acima de 40 ºC e seus mecanismos de resfriamento não conseguem regular a situação. Caso não seja revertida a tempo, a insolaçãopode levar ao comprometimento dos órgãos internos. AVCs, infartos e doenças respiratórias - Os casos mais graves de stress térmico podem levar a doenças cardíacas e cerebrovasculares e respiratórias. Esse é um dos pontos que faz com que o aquecimento global tenha sido listado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das dez maiores ameaças à saúde das pessoas em todo o mundo. Morte - Em casos extremos e não tratados de forma contínua, o stress térmico pode resultar em fatalidades. A incapacidade do corpo em dissipar o calor adequadamente, combinada à sobrecarga dos sistemas internos, leva à morte nas situações mais graves. Stress no trabalho se transforma em burnout? A Síndrome de Burnout é um estado psicossomático que só passou a ser identificado e diagnosticado recentemente — uma relação direta com as exigências da rotina moderna. O que acontece muito na atualidade é que profissionais que chegam ao ponto do stress crônico não param para fazer adequações emsuas vidas e nomodo de trabalho que reduzam esse estado, continuando da mesma forma e arrastando os sintomas por meses, às vezes anos. Como não somos invencíveis, uma hora esse desequilíbrio cobra o preço, levando ao que é caracterizado como colapso físico e mental. Os sintomas nesse estágio são tristeza intensa, exaustão completa, dores fortes de cabeça, tontura e até episódios de pânico. Costumam ser tão grandes que exigem o afastamento total de atividades e até internação em casos mais extremos. Portanto, o importante não é encontrar objetivos a qualquer custo, mas organizar o trabalho e as suas tarefas para ser mais produtivo. Riscos a saúde do trabalhador Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), temperaturas acima dos 24-26°C estão associadas à redução da produtividade do trabalho. Temperaturas entre 33-34°C, em atividades de intensidade moderada, os/as trabalhadores/as perdem 50 por cento da sua capacidade de trabalho em atividades de intensidade moderada. A exposição a níveis de calor excessivos pode levar à insolação, por vezes com resultados fatais. Todos os setores poderão ser afetados, mas em certas profissões, que envolvem mais esforço físico e/ou ocorrem ao ar livre, as pessoas estão especialmente expostas a este risco. Normalmente estes postos de trabalho são comuns na agricultura, bens e serviços ambientais (gestão de recursos naturais), na construção, recolha de resíduos, trabalhos de reparação de emergência, transportes, turismo e desporto. Nosetorindustrial,emambientesinteriores,tambémseverifica a exposição a este risco, se os níveis de temperatura dentro das fábricas e oficinas não forem regulados adequadamente. Por outro lado, em presença de níveis elevados de calor, até mesmo a realização de tarefas básicas de escritório se torna difícil à medida que a fadiga mental se instala no trabalhador.
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