Magazine Risco Zero N.º 30

/51 • políticas e procedimentos • qualidade e satisfação dos clientes • boa relação e engajamento com os stakeholders • transparência e boa práticas de governança • auditorias fiscais • canais de denúncias • acções concretas e objectivas para prevenir práticas anti- éticas, corrupção, suborno e conflitos de interesse • identificação, mapeamento e gestão de risco Foi a pensar e preocupado com a sustentabilidade do planeta que em 2024, surge o termo ESG, quando ex-secretário-geral das Organizações das Nações Unidas (ONU), Kofin Annan lançou um desafio a 50 líderes das maiores organizações financeiras do mundo, num debate promovido por si, para que até 2030, se pudesse reduzir em 45% as emissões de gás carbônico por meio de iniciativas ambientais, sociais e de governança, tendo defendido vivamente este princípio, e proposto ainda às empresas a assinatura de contratos e investimentos nos 3 pilares: 1. Ambiental: inerentes à sustentabilidade, biodiversidade e maior utilizações de recursos naturais; 2. Social: projectos ligados aos direitos humanos, laborais, a satisfação do cliente e do trabalhador; 3. Governança: valores ligados à actuação e conduta das empresas, como a ética, a moral, a transparência e gestão interna. Aplaudida pela maioria, o encontro resultou no relatório who cares wins – connecting financial markets to a changing world (quem se importa, ganha – conectando os mercados financeiros a um mundo em transformação) tema inovador, que mostrava ser um conceito de futuro que ajudaria imenso na garantia da sustentabilidade, com acções concretas que são de igual modo de grande importância, na medida em que conferiam maior credibilidade, valor acrescido e diferencial de mercado para as empresas que aderissem, com vantagens competitivas na economia em escala mundial, pois as empresas com práticas de ESG concretizadas e sólidas, teriam seguramente um desempenho financeiro superior e sustentável de longo prazo, por isso, as organizações foram desafiadas e deviam prestar atenção a 6 principais áreas e incluir pequenas acções na cultura das suas organizações, a saber: 1. Estratégias empresariais: estabelecer métricas e resultados de ações nos 3 pilares; 2. Projectos sociais: iniciativas que estimulassem as melhores práticas de sustentabilidade, evitando desperdícios; 3. Condutas transparentes: deixar os dados relevantes da empresa disponíveis para os colaboradores e clientes como, por exemplo, ter um portal da transparência com informações; 4. Cuidado com emissões de gás carbônico; 5. Conscientização de recursos naturais: opção de uso de canecas e assim evitar o uso de copos descartáveis e papel; 6. Acesso às cartilhas e manuais com direitos e deveres dos colaboradores, além de promoções de iniciativas de reconhecimento, satisfação e bem-estar de todos trabalhadores 7. Utilização de lâmpadas de led ou sensores para determinar períodos em que a iluminação não era necessária; 8. Não obstante o termo ESG ter surgido formalmente nesta reunião em 2004, a ideia de investir com responsabilidade social e ambiental remonta do século XVIII, quando investidores por motivações religiosas evitavam sectores de bebidas alcoólicas e armas. Mas foi na década de 1990 que estes temas começaram a ser vistoscomo importantesnasempresas, comoconceitode triple

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