Magazine Risco Zero nº24
/43 desconhecido ocorrer num futuro próximo. De acordo com o demonstrado pelo Inspector Mário Tavira no último Seminário de QHSE organizado pela Bureau Veritas a 27 de Maio, a IGT registrou entre 2018 e o Iº trimestre de 2022, um total de 5.974 acidentes de trabalho, dos quais 4.878 resultaram em incapacidade parcial temporária, 632 incapacidade parcial permanente e 101 fatalidades, nos diversos ramos de actividades (Prestação serviços, industria, transporte, construção civil, recursos minerais, hotelaria, finanças, agricultura, energia, geologia, comercio, pesca). Como sabe a IGT esta informação? Através dos dados estatísticos e da participação das organizações na partilha dessa informação com as entidades governamentais e tutelares. Assim sendo podemos afirmar que os dados estatísticos são essenciais para a prevenção de acidentes trabalho e doenças profissionais e um ponto de partida para que possamos realizar um trabalho de forma segura e saudável para o trabalhador (Hämäläinen, Saarela & Takala, 2009). A análise de dados estatísticos da saúde ocupacional (acidentes, incidentes, doenças profissionais) deverá conduzir ao estabelecimento de ações de prevenção mais eficazes. Segundo Miguel (2000) “a Estatística constitui o método mais frequente de análises de riscos, permitindo ao especialista de Segurança um conhecimento efetivo da sinistralidade laboral e a consequente definição de prioridades no controlo dos diferentes riscos”. Resumindo, contribui para a garantia da saúde ocupacional. Os dados estatísticos como já referenciado permitem-nos colocar em evidência relações entre sinistralidade laboral, doenças profissionais, acidentes e outras variáveis – Como por exemplo: verificar a relação existente entre o número de acidentes de trabalho ocorridos numa dada organização com o número de trabalhadores e as horas trabalhadas. E a partir destes dados criamos tabelas, gráficos, e tiramos conclusões. Sempre com o objectivo de melhorar, corrigir, prevenir, salvaguardar. O desafio que temos aqui, em Angola, em África e por certo em muitas outras partes do mundo, é a coleta dos dados e a participação dos mesmos pelas entidades governamentais. Então que dados estatísticos podemos nós colectar que sejam importantes para a saúde ocupacional? Dentro de seu escopo mais restrito, as estatísticas de segurança e saúde ocupacional abrangem por exemplo:
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